Não me lembro bem, mas sei que meu avô me deu um tri-ciclo
quando eu erá pequeno.
Antes também de começara competir andei muito de aro 20, tive
algumas bikes e gostava muito de usar para ir para escola e no dia a dia.
Primeira Mountian bike
Foi uma Monark Ranger em 1992, na época tinha muitas propaganda
na TV e eu sonhava em ter uma, a bike tinha 5 marchas, e veja só, minha mãe
comprou uma cartela de Bingo em minha escola e “deu Bingo”, e estava eu de bike
nova!
Logico que em pouco tempo ele virou uma bike de 15 marchas
comecei a andar para todo lado, sempre junto do meu tio o Juninho ( 5x campeão
Brasileiro de DH), ele gostava de surfar então fui no embalo e passava-mos o
dia nas praias da região, mas esse lance de ir para as praias de bike já era
nosso costume, lembro também que minha irmã tinha uma Caloi Ceci e varias vezes
usava a bike dela.
1993 Primeira competição
Antes da primeira prova, que foi em Caraguatatuba também aqui no
Litoral Norte, um belo dia pela estrada de Castelhanos, conheci o Zé Mauro (
veranista) ele estava com uma Trek full, toda top, e eu e um colega alcançamos
ele na subida, conversa vai conversa vem e ele me deu um quadro Caloi ATN, já
erá uma bike com pinos para Cantlever ( freio antes do V-Brack) e já fiquei
mais animado ainda, logo pintei o quadro e deixei no jeito.
Bom a primeira prova a gente nunca esquece, ainda mais quando
agente vence, liderei a competição de ponta a ponta na Juvenil e aquele dia
ficou marcado nesta época eu também vinha treinado Taekwondo mas um medico
havia aconselhado eu fazer atividades de menos impacto por causa de um lesão,
ganhei uma medalha de vicê-campeão Paulista na modalidade também.
No mesmo ano em Ilhabela também a Rede Globo fez um grande
vento, no projeto verão, como hoje, foi o Mountain Bike Open de Verão, reuniu
toda Elite, fui realmente privilegiado em competir esta prova em casa, o
Juninho foi venceu aprova e eu fui o segundo na categoria estreantes, com o
resultado e também desempenho na pista conseguimos ganhar confiança com o povo
da cidade e na sequência o Filho do Prefeito, o Ricardo Fazzini, levou a gente
para competir uma Copa Brasil em Niterói-RJ, isso tudo no final do ano.
Descascando camarão
Sou filho de pescador, e na minha casa minha mãe e meu pai
sempre limparão camarão, é um trabalho artesanal, e não perdemos tempo com a
temporada chegando ajudei eles e compra-mos uma bike, foi uma Alfameq, e eles
fizeram um bom preço na bike, cerca de $ 700,00 com suspensão, quadro de
alumínio, e daí para frente a semana erá só estudar, treinar, correr atrás de
patrocínios e viajar, erá uma correria só, as vezes o jeito era ir para prova
no aperto, levar a comida de casa, dormir no carro, mas era tudo aventura, não
tinha tempo ruim não, um Outro tio meu, o Ivair ( mais conhecido como Pinisco),
abraçou a nossa “causa” e nos levava para todo lado, Interior de São Paulo,
Minas Gerias e até no no Mato Grosso fomos parar naquele primeiro ano, foi
sofrido, mas os frutos também viram, Fui vicê-campeão Paulista e terceiro no
Brasileiro na Junior.
Caloi
Com tudo o que rolou a Caloi, maior estrutura nacional na época,
nos integrou no time, ainda lembro que eles queriam pegar um de nós dois, e
lembro do Juninho dizendo a eles “ ou vai os dois ou não vai nenhum”,
resultados: fiquei lá por 10 anos e o Juninho 3 anos e foi competir no DH pela Specialized.
Neste tempo de tudo aconteceu, com mais estrutura, também tive
mais dedicação,e também pessoas em quem me espelhar, o Ravelli fazia parte do
time, também o Kamon (in memoriam) e com eles aprendi muito, logo comecei a
competir na Elite também mesmo sendo Junior e e ter resultados expressivos, na
categoria Junior sagrei-me o primeiro campeão Pan-americano da história no
Chile e também fui para Alemanha representar o Brasil no Mundial, e andei bem
atletas como Cadel Evans, José Antônio Hermida estavam lá e andei próximo dos
caras, sempre entre os 10 primeiros, mas não aguentei até o final, não me
alimentei direito e deu um “prego”na ultima volta, mas no ano seguinte na
Austrália em 1996 fui mais preparado e cheguei em 11º lugar.
Grandes eventos
Neste tempo cresci muito, competi outros mundias na Suíça,
Espanha onde cheguei na 26º colocação na Sub 23, e sempre procurava competir
provas na Elite, mesmo sendo mais novo, em 98 vencia Cactus Cup Brasil e e,
1999 fui campeão do Interestadual na Elite, em 2000 conquistei meu segundo
título brasileiro no Cross Country, o primeiro foi em 1997, em 2001 meu
primeiro ano oficialmente como Elite, fui vice-campeão Pan-americano, em 2002
venci o Iron Biker, Ciopa Internacional, Interestadual e fui vice-campeão
Brasileiro, e terceiro colocado no Pan-americano.
2003 foi um ano inesquecível, com tantas as coisas acontecendo
cada vez me dediquei mais, estava bem e fiz parte da pré-seleção dos Jogos
Pan-americanos e fui para Europa, fazer uma sequência de competições, Suisse
Cup, Copa do Mundo, Coupe de France e outras depois fomos para Colômbia e me
destaquei na provas, na Copa da França, cheguei em 7º lugar, os caras ficaram
admirados e na Suiça cheguei em 5º em uma prova Classe 2 de XCP, no Pan da
Colômbia fui o melhor brasileiro e garanti a vaga na seleção.
Nos jogos em Santo Domingo, tive uma disputa com o
norte-americano Jeremy Bishop até a ultima volta, cheguei a 14 segundos do
Ouro.
Neste mesmo ano ganhei também o Brasileiro de Maratona, que foi
realizado no Rio Grande do Sul.
O ano de 2004 começou quente, apesar do Brasil não ter uma vaga
nos Jogos Olímpicos fomos com uma grande delegação para o Equador e disputar o
Pan-americanos e cheguei na 4º colocação, na sequência trabalhando forte no XCO
venci o Interestadual e depois o Brasileiro de Cross Country,e aos 45 do
segundo tempo o Brasil recebeu uma vaga convite para estar em Atenas, e recebi
a boa noticia de ultima hora que eu estava convocado, foi uma correria só,
choveu entrevistas e o tempo erá curto os Jogos já tinham começado e eu tinha
10 dias para a Prova de MTB, demorou para cair a ficha mais lá estava eu
alinhado e fiz uma prova de recuperação e cheguei em 33º lugar. No memso ano
vaio mais um título no Brasileiro de Maratona.
Imprevistos e sequência do trabalho.
2005 a Caloi anunciou o fim da Equipe de MTB, foi um momento
difícil, o ano já tinha começado e logo começaria o Interestadual, como já
vinha treinando para temporada procurei pensar na competição mesmo tendo que
correr atrás de patrocínios, e foi uma boa escolha, veio uma vitória e aquilo
me animou muito, logo comecei um trabalho com a Astro/Vzan, e foi um momento
novo, comecei a competir de Full e os resultados vieram, vim ganhando mais
experiência e também participei do meu primeiro Mundial na Elite e fui 58 na
Itália.
2006 comecei a trabalhar com Helio Souza, meu treinador e foi um
ano de grande avanço na maturidade, comecei a focar menos prova e trabalhar com
mais qualidade, conquistei o Bi-campeonato na Copa Internacional com ótimos
resultados, viajei para Montenegro e Áustria para competir provas da UCI, pois
já estava-mos contando pontos para os Jogos de Pequim, também neste ano
conquistei mais uma medalha de prata nos Jogos Sul-americanos em Mar Del Plata
– ARG e terminei a temporada como melhor brasileiro no Ranking internacional.
2007 ano de Jogos Pan-americanos no Brasil, e foi um pouco
conturbado por questões de quem iria representar o Brasil, os critérios não
foram bem definidos e eu estava convocado e trabalhando para competição mas de
ultima hora tudo mudou e em provas da Copa do Mundo no Canadá disputei uma vaga
com o Rubinho que vinha ganhando tudo na temporada e no fim ele e o Pscheidt
representaram o Brasil e o Rubinho conquistou uma medalha de Prata. Graças a
Deus não desanimei e continuei meu trabalho, na sequência muita coisa boa
aconteceu e venci o Iron Bike 15 anos e também o Desafio Estrada Real,e fechei
o ano com chave de Ouro.
Quando começamos a temporada de 2009, como é de costume já venho
traçando os objetivos, junto do Helio e a equipe procuro fazer um plano de
trabalho e o Cross Country continuou sendo a prioridade, primeiramente tive-mos
o Pan de MTB no Chile, cheguei em 7º lugar, na sequência outras provas da Copa
Internacional de XCO e vários eventos que costumo participar, mas o Objetivo
maior seria o Brasileiro de XCO, já no mês de maio procurei diminuir o ritmo de
provas e aumentar a carga de treinos e Junho trabalhei para pegar ritmo
novamente, e antes Brasileiro duas provas ajudaram a afinar o trabalho, o Power
Biker com 2 etapas e a 9 de Julho, foi tudo perfeito e atingi um ápice na data
certa e pude comemorar mais um título nacional no dia do meu aniversário, 19 de
Julho. Também neste ano fui para Austrália representar o Brasil no Mundial e
cheguei em 53º e para encerrar o ano em Dezembro eu estava no Rio de Janeiro
recebendo o Premio do COB de melhor atleta da modalidade em 2009.
Confira também no FB: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1469637676604085.1073741829.1454836831417503&type=3
Grande pessoa, humilde e muito forte! Vai ficar para a história do MTB. Um abraço de Fabricio Oliveira - FastBikeShop.
ResponderExcluirObrigado Fabricio! Grande abraço.
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